É básico. Para manter a saúde financeira de seu negócio, é preciso deixar dinheiro em caixa para capital de giro. Dizendo assim, parece fácil. Mas, na prática, a falta desse recurso está entre as principais causas do fechamento de novos empreendimentos nos dois primeiros anos de vida no Brasil.
Pesquisa de 2016 que calculou a taxa de mortalidade de empresas no país, apurada a cada dois anos pelo Sebrae e a Fundação Getulio Vargas (FGV), apontou a escassez de crédito para capital giro entre as razões da quebradeira, ao lado de freio no consumo, associado ao aumento do peso dos impostos no período. Dos 1,8 milhão de empreendimentos lançados em 2014, 600 mil (ou 33% deles) fecharam as portas até o fim de 2016.
O cenário hoje é outro, mais animador. O consumo já começou a reagir e os juros nunca estiveram tão baixos, a taxa Selic fechou 2017 no inédito patamar de 7%. Portanto, um dos maiores vilões dos negócios continuam sendo essas três palavrinhas: “capital de giro”.
Mas não devia ser desse jeito, bem pelo contrário. O capital de giro é um aliado dos empresários. Como o nome já diz, trata-se do capital necessário para financiar a continuidade das operações. Esse valor é resultado da diferença entre o dinheiro que você tem disponível e o dinheiro que você deve -, sejam despesas fixas ou os gastos necessários para produção, comercialização ou prestação de serviço. É uma reserva de renovação rápida para atender as necessidades do negócio. Esses recursos são provenientes das contas a receber, do estoque, do caixa ou da conta bancária.
Seja seu negócio micro ou pequeno, a palavra de ordem para se manter é dispor de dinheiro para tocar o dia a dia. E como fazer esse dinheiro ficar disponível? O segredo é contar com controles financeiros ajustados. É preciso ter estoque para vender, financiar as compras aos clientes (nas vendas a prazo), recursos para manter estoques e pagar fornecedores, quitar impostos, salários e demais custos operacionais. Essa engrenagem não pode parar, por isso a necessidade de dinheiro em caixa.
Com o acompanhamento permanente das despesa, receita, estoque e caixa, é possível saber como está a real situação financeira do negócio e, dessa forma, tomar as decisões mais acertadas. A empresa de pequeno porte que consegue administrar o capital de giro de maneira eficiente resolve a maior parte dos problemas de natureza financeira.
Apesar das dificuldades, as micro e pequenas empresas no Brasil são fundamentais para economia do país. Os negócios de pequeno porte respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no Brasil e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB).
Linhas de crédito
Se por algum motivo faltou dinheiro para o capital de giro, os bancos oferecem linhas de crédito com taxas adequadas ao tamanho do seu negócio. A modalidade Giro Simples, do Bradesco, por exemplo, é voltada para atender as necessidades das micro e pequenas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.
As taxas são atrativas e variam de acordo com a garantia oferecida. E até 31 de março o Bradesco com uma taxa reduzida l. A contratação de capital de giro é uma solução para sua empresa usar conforme a necessidade, seja para equilibrar o fluxo de caixa, comprar matérias-prima, mercadoria ou pagar fornecedores, e até mesmo salários e encargos.